terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Não jogue pedra na Geni

Eu tinha um amigo que tinha um hábito simpático: nunca, nunca deixava que falássemos mal de qualquer pessoa na frente dele, ainda que essa pessoa fosse “persona non grata”.

Belo hábito, também  muito seguido pela minha vuela, que já morreu. Vovó tinha uma paciência à toda prova,  mandava sempre vovô  calar a boca quando percebia  que seu espítio “troublemaker  ia
 vir à tona. Mas o que a família gosta de esconder é que ela era cardíaca e deixou de tomar os remédios por conta de uma depressão, o que a levou mais depressa....

Não sou a favor do ódio gratuito, mas não creio que possamos evitá-lo. A raiva é uma força poderosa. E  há gente que acredita que é bom pôr os “bichos pra fora”.

Além de vovó ter morrido mais cedo do que deveria, meu amigo, que não falava mal de ninguém e era a tolerância em pessoa, acabou abandonando a própria esposa, por um motivo  que ninguém soube, mas se “adivinhou”.  Conta-se que por causa do temperamento tresloucado dela. Ele não jogou pedra na Geni, mas...convenhamos, na prática , ele não conseguiu seguir sua própria teoria.

A tolerância tem sempre limites.

No entanto, por idealismo, gosto muito dessa teoria. Nunca, nunca julgue ninguém. Eis a receita do bem viver. Não jogue pedras, não acuse, não odeie. Respire e deixe passar. Não dê bola pro seu ódio...

Faça como o meu amigo, quando estiver odiando: bata a porta e vá embora. De preferência nem diga o motivo. É mais sábio. E nunca lhe julgarão por isso...