Eu tinha um
amigo que tinha um hábito simpático: nunca, nunca deixava que falássemos mal de
qualquer pessoa na frente dele, ainda que essa pessoa fosse “persona non
grata”.
Belo
hábito, também muito seguido pela minha
vuela, que já morreu. Vovó tinha uma paciência à toda prova, mandava sempre vovô calar a boca quando percebia que seu espítio “troublemaker ia
vir à tona. Mas o que a família gosta de esconder é que ela era cardíaca e deixou de tomar os remédios por conta de uma depressão, o que a levou mais depressa....
vir à tona. Mas o que a família gosta de esconder é que ela era cardíaca e deixou de tomar os remédios por conta de uma depressão, o que a levou mais depressa....
Não sou a
favor do ódio gratuito, mas não creio que possamos evitá-lo. A raiva é uma
força poderosa. E há gente que acredita
que é bom pôr os “bichos pra fora”.
Além de
vovó ter morrido mais cedo do que deveria, meu amigo, que não falava mal de
ninguém e era a tolerância em pessoa, acabou abandonando a própria esposa, por
um motivo que ninguém soube, mas se
“adivinhou”. Conta-se que por causa do
temperamento tresloucado dela. Ele não jogou pedra na Geni, mas...convenhamos,
na prática , ele não conseguiu seguir sua própria teoria.
A
tolerância tem sempre limites.
No entanto,
por idealismo, gosto muito dessa teoria. Nunca, nunca julgue ninguém. Eis a
receita do bem viver. Não jogue pedras, não acuse, não odeie. Respire e deixe
passar. Não dê bola pro seu ódio...
Faça como o
meu amigo, quando estiver odiando: bata a porta e vá embora. De preferência nem
diga o motivo. É mais sábio. E nunca lhe julgarão por isso...